Maria Eugênia Lammoglia Duarte

É graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Marcelina (1969), mestre em Lingüística Aplicada ao Ensino de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986) e doutora em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (1995). Atualmente é Professor Titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Sociolingüística e Teoria e Análise Lingüística, atuando principalmente em estudos de variação e mudança sintática envolvendo o sistema pronominal das gramáticas do português em suas modalidades falada e escrita. Participa dos projetos PEUL (Programa de Estudos sobre o uso da língua) - fala popular, NURC-RJ - fala culta, PHPB (Para a história do português brasileiro) e România Nova. Orienta teses e dissertações em sintaxe comparativa, relacionadas (a) à representação do sujeito pronominal (no português, no espanhol e no italiano; (b) à redução do quadro de clíticos de terceira pessoa no PB e as estratégias para sua substituição; (c) à ordem dos constituintes, incluindo VS/SV em declarativas e interrogativas, e (d) às chamadas construções de tópico marcado. Os projetos desenvolvidos com o apoio do CNPq e os trabalhos orientados têm utilizado amostras sincrônicas e diacrônicas do PB (para investigações no âmbito do PEUL, NURC e PHPB), do PE, com amostras recolhidas pertencentes ao Corpus de Referência do Português Fundamental e do Projeto Concordância. e, mais recentemente, do espanhol peninsular e americano, com vista a estudos comparativos no âmbito do projeto România Nova, coordenado no Brasil por Mary A. Kato. O suporte teórico utilizado vem da conjugação do modelo de estudo da mudança proposto por Weinreich, Labov e Herzog (1968) - a Teoria da Variação e Mudança - com uma teoria formal da linguagem proposta no âmbito da sintaxe gerativa - a Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky 1981), uma perspectiva iniciada no Brasil por Fernando Tarallo e Mary A. Kato nos anos 80. Essa teoria formal possibilita levantar os grupos de fatores estruturais que restringem a implementação da mudança e hipóteses relativas ao encaixamento da mudança no sistema linguístico - ou seja, relacionar fenômenos superficiais, aparentemente independentes e atribuídos a causas distintas, a uma mudança única gramatical subjacente.